CABRAL

Brasão: De prata, com duas cabras de púrpura, uma sobre a outra. Timbre - Uma das cabras do escudo. Sobrenome português toponímico, referindo-se a um "lugar onde há ou pastam cabras". O registro mais antigo conhecido, deste nome é o de Aires Cabral, em tempo de el-rei D. Dinis, no tempo dos primeiros reis de Portugal, ocuparam os Cabraes lugares honrados e a eles permaneceu o senhorio de Belmonte e de outras terras.


PEDRO ÁLVARES CABRAL

Família Cabral

Cabral também é sobrenome português toponímico, referindo-se a um " lugar onde há ou pastam cabras ". O registro mais antigo conhecido, deste nome é o de Aires Cabral, no tempo do rei D. Diniz, no tempo dos primeiros reis de Portugal, ocuparam os Cabrais os lugares mais honrados e a eles permaneceu o senhorio de Belmonte e de outras terras.

Conforme dados do site da família Cabral ela é muito ilustre, muito antiga e está profundamente ligada à História e aos reis de Portugal. A primeira vez que este sobrenome aparece, refere-se a Pedro Anes



Cabral, que no ano de 1271 prestava serviço na corte de D. Afonso, rei que conquistou definitivamente o Algarve, última parcela do território a ser arrebatada aos mouros, cujo apelido era "Aires Cabral, o ?Muito Pão?". No tempo do rei D. Diniz, o alcaide de Portalegre era Aires Cabral. Em 1287 estalaram lutas bastante violentas na região, mas os inimigos não conseguiram forçar a entrada no Castelo de Portalegre. Então cercaram as muralhas e um dos atacantes gritou ao alcaide:- Ou entregas já o castelo, ou acampamos aqui até te renderes pela fome. D. Aires, apesar da falta de mantimentos, respondeu do alto de um torreão com voz firme: - Aqui só entram por cima do meu cadáver. E pela fome não me rendo, pois tenho muito pão! O eco repetiu as últimas palavras, espalhando-as pelos campos e desmoralizando os inimigos. O alcaide ganhou o apelido de «Muito Pão». Mas se ainda hoje se conta este episódio é porque D. Aires foi o tetravô de Pedro Álvares Cabral.

Álvaro Gil Cabral - o trisavô: em 1383 os portugueses correram o risco de perder a independência porque o rei D. Fernando morreu, deixando apenas uma única filha, casada com o rei de Espanha. Se ela subisse ao trono, Portugal unir-se-ia ao país vizinho. Que fazer? O povo não pensou duas vezes: anunciou que a coroa seria entregue a D. João Mestre de Avis, irmão bastardo do falecido rei.
Como seria de esperar, os espanhóis não se conformaram e houve uma série de lutas sangrentas. A batalha decisiva desenrolou-se nos campos de Aljubarrota. Os portugueses eram em menor número mas lutaram com a força de quem quer dominar o destino e venceram. D. Álvaro Gil Cabral participou na batalha de Aljubarrota e foi generosamente recompensado pelo novo rei, D. João I. Este trisavô de Pedro Álvares Cabral, que já era um homem rico e importante, ficou riquíssimo e importantíssimo. A lista dos seus cargos, propriedades e direitos é impressionante. Alcaide-mor de Belmonte e da Guarda. Senhor de Azurara da Beira, de Moimente da Serra e de Santo André. Recebedor dos impostos pagos pelos habitantes da cidade da Guarda, de Folhadela e de várias povoações na região de Viseu.

Luís Álvares Cabral - o bisavô: no ano de 1415, os portugueses conquistaram aos mouros a cidade de Ceuta, no norte da África. Como foi a primeira vez que se aventuraram fora da Europa, considera-se que a data marca o início da época em que se expandiram, descobrindo terras pelo mundo inteiro. O rei e os príncipes participaram na conquista de Ceuta. E Luís Álvares Cabral também. Lutou ao lado do príncipe que três anos depois tomou a iniciativa de começar a enviar navios em busca de novas terras, o Infante D. Henrique.

Fernão Álvares Cabral - o avô: segundo consta, nasceu no castelo de Belmonte e tornou-se um homem tão alto, tão musculoso e tão forte, que o povo lhe chamava com admiração ? O Gigante da Beira?! Casou com uma senhora nobre, Dona Teresa de Novaes de Andrade. Fernão Cabral, o pai, alcaide do castelo de Belmonte, prestou tão bons serviços na vigilância e defesa da fronteira com a Espanha, que ganhou recompensas e foi sempre recebido na corte com apreço, respeito e amizade.
Este casou-se com uma senhora nobre, Dona Isabel Gouveia, que trouxe para a família várias propriedades e a alcaidaria (governo militar) do Castelo Rodrigo.
O casal teve 11 filhos. Isso permite pensar que ambos gozavam de excelente saúde e eram felizes. Pedro Álvares Cabral, o filho, descobridor do Brasil, pertencente a uma linhagem de nobres e valorosos guerreiros, além de intrépido navegador, caracterizou-se por uma devoção mariana, precioso legado transmitido aos descendentes. No ano de 1468, no Castelo de Belmonte, propriedade da família Cabral, nascia um menino de nome Pedro, filho de Fernão Cabral e de Dona Isabel de Gouveia. Fernão Cabral lutou ao lado de D. João I e os três Infantes, na famosa conquista de Ceuta, em 1415, junto com seu pai, Luís Álvares Cabral. A genealogia e a origem do nome "Cabral" perdem-se na história portuguesa. O Visconde de Sanchez de Baêna assim escreve:
"A família Cabral demarca a sua existência desde tempos imemoráveis... Nenhuma outra a sobrepuja em sólida antigüidade de nobreza, e feitos de edificante e variada lição. O seu aparecimento, embora a princípio não se possa coordenar numa série genealógica, que nos leve, indivíduo por indivíduo, a estabelecer a sua continuidade desde os primeiros tempos da monarquia, remonta-se todavia bem longe, vendo nós brilhar de espaço a espaço nas lutas de Portugal nascente, alguns indivíduos do apelido Cabral".

A linhagem da família permitiram a Pedro Álvares Cabral contrair matrimônio com Dona Isabel de Castro, dama pertencente à mais alta nobreza do Reino, como terceira neta dos Reis Dom Fernando de Portugal e Dom Henrique de Castela, sobrinha do célebre herói da Índia, Afonso de Albuquerque. Nessa época Portugal, estava cheio dos "cristãos atrevimentos" de que nos fala Camões, estava preparando armada a ser enviada às índias.
Para organizar a expedição, o Rei Dom Manuel, o Venturoso, convocou seu Conselho: "E não somente se assentou no conselho o número de naus e gente que havia de ir nesta armada, mais ainda o capitão-mor dela, que por qualidades de sua pessoa, foi escolhido Pedro Àlvares Cabral, filho de Fernam Cabral". Pedro Álvares Cabral fora escolhido, por suas "qualidades pessoais", para chefiar a esquadra que, no dia 9 de março de 1500, após a Santa Missa celebrada pelo Bispo D. Diogo Ortiz, Bispo de Cepta, rumaria para as Índias, passando pelo Brasil. Dessa expedição, participaram 13 navios, tendo apenas quatro deles conseguido retornar a Portugal. Conta-se que os demais perderam-se todos, tragados pelo mar; juntamente com sua tripulação. ele se manteve retirado e, depois dos sucessos referidos, recolheu-se em suas terras de Santarém, tendo falecido em 1520 ou 1528, segundo a divergência de alguns autores. Sua sepultura esteve perdida durante o século XVII e XVIII, tendo sido encontrada em 1839 pelo historiador brasileiro Francisco Adolpho de Varnhagen, Visconde de Porto Seguro, na sacristia da Igreja de Nossa Senhora da Graça, em Santarém de Portugal. Em 1903, o Bacharel. Alberto de Carvalho trouxe para o Brasil parte dos restos mortais de Pedro Álvares Cabral, que foram depositados em uma urna na capela-mor da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. Depois disso, muitos Cabrais vieram para o Brasil em diversas expedições. Mas, o período que trouxe mais Cabrais para o Brasil, foi o período dos governadores gerais, e, para o sertão do norte e nordeste as ações das entradas e bandeiras para catequizar os índios do sertão e conquistar as terras do reino abandonadas após o fracasso das Capitanias Hereditárias. Consta que nos três governos gerais vieram pessoas dessa família para o Brasil, primeiro com Tomé de Sousa para Salvador e Rio de Janeiro, por intermédio da influência de Garcia d?Ávila da Casa da Torre. Depois, com Duarte da Costa, com as entradas para o sertão do nordeste, e por último, com Mem de Sá que trouxe frotas de navios com famílias para colonizar o sertão, principalmente das regiões fluviais do rio Amazonas e do São Francisco. Nos estados do Amazonas, do Maranhão e do Pará a família Cabral possui destaque na história da independência, na participação em movimentos nativistas e na emancipação política e formação de vários municípios da região norte. Também no nordeste, tanto no litoral quanto no interior de Pernambuco, a família Cabral possui representação e influência política, além de ter se destacado economicamente em diversos empreendimentos e profissões liberais, principalmente em cargos públicos no município de Parnamirim.

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